terça-feira, 14 de outubro de 2008

Açorda à alentejana (receta para españoles)

Esta es una receta típica en la región en la que vivo, el Alentejo. En mi idea de que las diferentes cocinas ibéricas puedan ser conocidas más allá de su ámbito natural, ofrezco en el mensaje de hoy esta receta en español o castellano para que nuestros hermanos puedan lanzarse a realizar experimentos culinarios sin que la barrera idiomática sea un problema.

La açorda es, en la cocina portuguesa, básicamente una sopa hecha con pan y huevo. En el Alentejo, la açorda à alentejana se hace con ingredientes como el cilantro, el pan, el huevo, la sal y el ajo. Es una receta sencilla pero al mismo tiempo sabrosa y consistente. La preparación es como sigue:

Ingredientes (para 4 personas):

- Un manojo de cilantro (preferentemente) o uno pequeño de poleo o una mezcla de ambos.
- 2 a 4 dientes de ajo.
-1 cucharada sopera de sal gruesa bien llena.
-4 cucharadas soperas de aceite de oliva.
-1,5 litros de agua hirviendo.
-400 grs. de pan casero duro.
-4 huevos.

Se pisa en un mortero el cilantro, reduciéndolo a papilla, junto con los dientes de ajo, a los que previamente se les habrá retirado el brote que contienen en su interior, y la sal gruesa.

Se echa esta papilla preferentemente en una cazuela, se riega con el aceite y con el agua hirviendo que provendrá del agua donde se han escalfado previamente los huevos. Se remueve la açorda con una rebanada de pan grande, con la que se prueba la sopa. Esta sopa recibe el nombre de sopa «azeiteira» o sopa «maestra».

Se introduce después el pan, cortado a su gusto, en rebanadas, cubos o partido a mano. Después puede taparse o no, según las preferencias, es decir, según guste el pan: duro, o reblandecido por el caldo. Los huevos escalfados se echan sobre la cazuela o el plato o bien encima de las papas de pan. Eso va también en gustos.

Este plato tiene sus variantes y diferentes formas de comerlo según la estación. Hay quien aproveche el agua del bacalao o de la merluza cocida. Otros la acompañan con aceitunas. Y hay quien come la açorda con sardinas asadas o fritas o con tiras de pimiento, higos o uvas blancas de mesa.

Sea como fuere, atrévase a hacerlo en su casa. Es bien sencillo, pruébelo y, sobre todo...,

Bom apetite!



Foto 1. Açorda en plato.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pinchos e pintxos

A gastronomia da zona cantábrica é muito desconhecida em geral para o turista português. Da Galiza até ao País Basco, as gastronomias próprias são muito diferentes. Não é o mesmo a cozinha asturiana do que a basca, mas em geral compartilham-se alguns elementos comuns.

Quero hoje falar de uma tradição muito típica da zona como são os pinchos ou pintxos (caso estejamos no País Basco). Uma observação sobre a questão que é absolutamente necessária é precisar que o pincho NÃO é uma tapa como as que podemos ver em alguns lugares de Espanha. É outra coisa muito diferente. É um petisco elaborado de muitas formas que podem chegar até a categoria de arte.

O pincho ou pintxo pode ser degustado principalmente nas Astúrias, Cantábria, o País Basco e Navarra, se bem que há outras zonas que também oferecem como Burgos ou La Rioja. No entanto, é na região cantábrica onde atingem a sua máxima expressão.

É claro que não são todos iguais. Mudam conforme o lugar. Comecemos pelo País Basco. O País Basco é uma zona de passagem para muitos portugueses que vão caminho da França ou voltam. Portanto, com certeza sempre passam por Donostia/S. Sebastián, cidade na que o pintxo basco atinge a sua excelência.

O que achar? Delicie-se com um passeio pelo centro histórico, entre ruazinhas compridas e estreitinhas. Logo entre numa das numerosas tabernas ou tascas que lá podemos encontrar. Peça um vinho, de preferência txakoli (um vinho branco do País Basco, ligeiramente azedo) ou um vinho tinto de Navarra. O empregado de certeza dar-lhe-á um prato, caso queira provar um desses deliciosos pintxos que há no balcão. Não pense que pode enganar o empregado porque eles estão a contar os pintxos que as pessoas comem. É claro, ficaremos de pé, até porque estes estabelecimentos costumam estar sempre cheios e não há outra forma. O ideal é sempre fazer um percurso experimentando várias tascas. Não é barato, já que os pintxos custam, em média, 1,50 EUR, se bem que os preços podem mudar segundo o local e a qualidade e ingredientes do pintxo. É a melhor forma de entrar em contacto com a cultura basca e se comportar como um basco qualquer. O prato serve para pôr os diferentes pintxos que pretendamos comer. A variedade é imensa: do clássico pintxo de tortilha de batata até o pintxo mais sofisticado, com salmão, bacalhau, ovas de peixe, pimentos do "Piquillo" recheados com marisco, presunto ibérico, queijo Idiazabal, anxova, etc. Os produtos do mar e da horta estão sempre presentes como não podia ser de outra forma neste país. O ideal, caso pretendamos passar o dia inteiro na cidade, almoçar num restaurante e jantar pintxos à noite ou ao contrário. Sempre vamos encontrar muita animação nas ruas.

Exemplos de pintxos podem ser vistos no seguinte site, em espanhol, euskera (basco) e inglês onde até os pintxos apresentam a sua pontuação com indicação do pintxo e o estabelecimento onde este pode ser consumido:

http://www.todopintxos.com

Nas Astúrias, no entanto, os pinchos são totalmente diferentes. Apresentam muitas vezes a forma de uma pequena sandes com muita variedade também. Podemos encontrar o clássico de tortilha de batata, mas também o vegetal (pão de forma em dois pisos com fiambre e queijo, alface, tomate, espargos e maionese), lulas em polme, atum com maionese ou tomate, ovo estrelado com bacon, tortilha recheada (duas fatias de tortilha com fiambre e queijo e alface, tomate e maionese no meio), carne estufada, enfim... qualquer coisa que possa ficar numa bolinha pequenina de pão ou servir como acompanhamento. Neste caso é sempre preferível comê-los de manhã, quando saem recém feitos, porque à tarde é mais difícil encontrá-los, já que os estabelecimentos normalmente fazem para o dia até esgotarem o "stock", se bem que já há lugares onde fazem o dia todo no momento. São ideais para acompanhar com um café com leite quente numa manhã fria de inverno ou com um refrigerante ou cerveja no meio da manhã, de preferência entre as 10 e as 11 horas, que é quando normalmente se faz um alto no serviço. O preço é normalmente mais barato do que no País Basco, sendo que a maioria dos estabelecimentos cobram 1 ou 1,20 EUR/pincho.

Por tanto, quer visite as Astúrias ou o País Basco, não se esqueça: não deixe de provar os pinchos ou pintxos. Não se vai arrepender.

Ah! E bom apetite!

Foto 1. Pintxos típicos de Donostia/S. Sebastián.
Foto 2. Pincho de tortilha recheada das Astúrias.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Pementos de Padrón

Un dos pratos máis típicos de Galiza son os pementos de Padrón. Xa diz o dito: "Uns pican e outros non".

O pemento de Padrón é un pemento autóctono galego que é cultivado na área de Padrón, Herbón e o Salnés. É ideal para acompañar con outros pratos nunha terraciña no verán ou mesmo cunha cervexa fresquiña. Como todas as cousas, o pemento de Padrón espallouse por todo o mundo e agora calquer pemento é de Padrón, incluso cando é producido nun invernadoiro de Murcia ou de Marrocos. Eses teñen máis posibilidades de picar que os pementos de Padrón auténticos, dos cales só un 10% pican de verdade.

A forma tradicional de preparalos é moi sinxela e é como segue:

-Lávanse os pementos ben e sécanse.
-Nunha tixola con aceite de oliva ben quente, fritilos ben atá ficaren ben fritos.
-Aderezar con sal gordo e comer inmediatamente.

Bo proveito.

Pimientos de Padrón (cast.)

Para preparar bien los pimientos de Padrón, si es posible, comprar pimientos que sean de la zona. Si no puede ser será muy fácil que nos toquen muchos pimientos picantes. La forma tradicional, muy sencilla, es como sigue:

-Lavar los pimientos y secarlos bien.
-En una sartén se fríen con abundante aceite de oliva hirviendo hasta que queden bien fritos.
-Sazonar con sal gorda y comer inmediatamente.

Buen provecho.

Pimento padrão (port.)

Para preparar bem o pimento padrão, caso seja possível, comprar pimentos que sejam da região, já que caso contrário vamos encontrar, em geral, muitos pimentos picantes. A receita tradicional galega é muito simples:

-Lavar os pimentos e secá-los bem.
-Numa fritadeira com abundante azeite bem quente, fritar os pimentos até ficarem bem fritos.
-Temperar com sal grosso e comer de imediato.

Bom apetite!

Pimientu de Padrón (ast.)

Pa preparar el pimientu ye meyor compralo que seya de la zona porque si non, vamos atopar munchos que piquen. La receta, que ye muy sencillina, ye como sigui:

-Llavar los pimientos y secalos bien.
-Nuna sartén con aceite d'oliva asgaya, freílos hasta que queden bien fritos.
-Echa-y sal gordu y comelo desiguida.

Qu'aproveche.

Pebrot padró (cat.)

Per preparar el pebrot de Padró, comprar preferentment pebrot de la comarca. En cas de que no sigui possible, trobarem amb més facilitat pebrots picants. La recepta és molt senzilla:

-Renteu els pebrots i sequeu-los bé.
-Dins una paella amb oli d'oliva ben calent, fregiu-los fins que estiguin ben frits.
-Poseu un polsim de sal grosso i menjeu-lo a continuació.

Bon profit.

domingo, 27 de julho de 2008

Fechado por férias! / Cerrado por vacaciones

Bom, amigos. Chegou um momento muito esperado: as férias. É por isso que este blogue vai ficar em "stand by" pelo menos até Setembro. Espero voltar com energias renovadas e novas experiências culinárias. Entretanto, deliciem-se com as receitas ou as críticas realizadas. Experimentem alguma receita ou algum restaurante novo, de uma cozinha que não costumem frequentar. Talvez alguns possam chegar até serem "chefs" ou críticos gastronómicos. Quem sabe...!


Bueno amigos. Llegó el tan ansiado momento de empezar las vacaciones. Por eso este blog quedará en suspenso hasta principios de septiembre. Espero volver con las pilas cargadas y con nuevas experiencias gastronómicas. Mientras tanto, disfruten con las recetas o las críticas realizadas. Prueben a cocinar una receta o ir a un nuevo restaurante de cocinas que no suelen ir. Quién sabe si algún día se convierten en "chefs" o en críticos gastronómicos. Nunca se sabe, la vida es así...


Bono, amigos. Ye yá la hora de comencipiar eses tan deseyaes vacaciones. Ye por eso, qu'esti blog nun tará operativu fasta setiembre. Espero volver coles enerxies renovaes ya con nueves experiencies gastronómiques. Mientres, disfrutai coles recetes ya les crítiques realizaes. Probai a cocinar una receta o dir pa un restaurante nueu, desos de cocines que nun suelen dir. Quien sabe si dalgún día lleguen a ser "chefs" o críticos gastronómicos. Nunca se sabe, ¿nun ye verdá?

Bon, amics. Ès l'hora de començar les meves vacances. Per això aquest blog romandrà en suspens fins Setembre. Espero tornar-hi amb noves energies renovades i noves experiències gastronòmiques. En aquest temps, però, espero que gaudeixin de les receptes que n'hi ha i de les crítiques realitzades. Tenteu cuinar una recepta o anar a un restaurant nou, d'aquelles cuines que no hi anem gaire. Potser, qualque dia esdevenen "chefs" o crítics gastronòmics. Mai es sap...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Gaspacho alentejano (Receta para castellanohablantes)

Mucha gente no sabe que el gazpacho se prepara también fuera de España. Si hubiera que buscar una receta verdaderamente ibérica, el gazpacho sería una de las más serias candidatas.

En la región del Alentejo, el gazpacho, allí denominado 'gaspacho', se prepara en un sin fin de variantes locales, "à moda alentejana". Como estamos en tiempos de verano, con el calor, este plato resulta muy refrescante, sobre todo cuando ahí fuera se sobrepasan los 40ºC.

Para los que les gusta hacer experimentos culinarios, ahí les dedico la receta del gazpacho hecho a la manera alentejana.

GASPACHO ALENTEJANO.

Ingredientes:

-200 g. de pan.
-3 tomates maduros de tamaño medio.
-1 pimiento verde pequeño.
-4 dientes de ajo.
-1/2 pepino.
-4 cucharadas soperas de aceite de oliva, preferentemente virgen extra.
-4 cucharadas soperas de vinagre.
-Orégano seco.
-1,5 dl. de agua muy fría.
-1 cucharada sopera de sal gruesa.


Preparación: Pise los dientes de ajo con la sal, preferentemente en un mortero. Escalde y pele un tomate, retirando las pepitas y convirtiéndolo en puré. Mezcle estos ingredientes hasta que queden como si fuese una papilla homogénea y échelos en el fondo de un recipiente. Riegue con parte del aceite, el vinagre y orégano seco que echará deshaciéndolo con las manos.

Corte el tomate restante y el pepino en cubos pequeños y el pimiento en tiras pequeñas también. Introdúzcalo dentro del recipiente junto con el aceite restante y el agua helada. Finalmente corte el pan en rebanadas y luego deshágalo en pequeños pedazos juntándolo con la sopa.

Nota: El gaspacho puede ser acompañado con unas virutitas de jamón serrano, huevo duro, etc.


Y ahora, ¡qué aproveche!

Foto 1. Plato de gaspacho alentejano.

Restaurante "Poço do Chorão"

No Alentejo mais profundo, encontramos na Amareleja, um simpático restaurante alentejano chamado "Poço do Chorão". É um restaurante pequeno, próprio de estas aldeias alentejanas, mas que sabe conjugar o bom gosto com a simplicidade.

NOME: Restaurante "Poço do Chorão".
ENDEREÇO: Rua Poço do Chorão, 15
LOCALIDADE: Amareleja (Moura), Baixo Alentejo, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha alentejana, onde destacam os pratos de carne.
VALORAÇÃO: 13/20
PREÇO MÉDIO: 15-18 EUR/pessoa.
CARTÕES: Multibanco.

Trata-se de um restaurante com uma decoração em estilo rústico, na que destacam os tectos, de tijolo, formando abóbadas de aresta, o que dá ao lugar um charme especial. As mesas e o balcão condizem com esta decoração.

Quanto aos pratos, há pratos de peixe e de carne, entre os que destacam o Bacalhau espiritual ou os Filetes de Pescada com recheio de camarão e molho de marisco. Mas é na carne, como não podia ser de outra forma, que o restaurante atinge os seus níveis máximos, com os imprescindíveis Secretos de Porco preto grelhados o Lombo de Porco com amêijoas ou os Lombinhos de Porco em massa folhada com recheio de cogumelos estufados. Este prato, concretamente, vem a ser uma espécie de bolo de massa folhada na que o porco e os cogumelos esperam ansiosamente por serem comidos, numa combinação de tradição e modernidade.

Os preços não são especialmente caros, sendo que os pratos de peixe ficam entre os 8-10 EUR em média e os de carne entre 9-12 EUR. O restaurante resulta uma boa escolha para quem deseja desfrutar de uma cozinha popular sem extravagâncias nem pretensões, mas com uma boa qualidade e um ambiente aconchegante.

Já no que respeita à região, resulta um ponto de partida interessante para ver a própria aldeia da Amaraleja e a nova central solar, a vizinha barragem de Alqueva, a vila de Moura, sempre interessante, ou outras aldeias alentejanas como são Safara ou Sobral da Adiça, onde o tempo parece não haver passado...


Foto 1.
Restaurante "Poço do Chorão"
Foto 2. Vista geral da Amareleja.

"Comporta Café" Restaurante-Bar

Não. Não abandonei o blogue, meus caros amigos. Estive muito ocupado com outros assuntos que não podia adiar. Mas este blogue sempre continuou no meu coração. Se bem que agora com as férias sempre há uma tendência a não fazer nada, vou tentar que, a partir de Setembro, haja mais regularidade.

O restaurante de hoje é o "Comporta Café" Restaurante-Bar. Está situado na Praia da Comporta, no final da Península de Tróia. Os acessos mais comuns são dois: bem a partir de Setúbal, apanhando o ferry até Tróia com a Atlantic Ferries (9,50 EUR/carro e condutor, 2 EUR pessoa) e daí até à Comporta, bem chegando até Alcácer do Sal e daí tomando a direcção da Comporta.

O charme desta região e que se trata de praias virgens e ainda não sujeitas à degradação do ambiente por um uso turístico intensivo. Além do mais, as praias são extensos areais sem interrupção onde a água, se bem não está assim tão quente como no Algarve, também não está fria, e é uma delícia tomar banho lá.

O "Comporta Café" está situado mesmo na praia, no acesso principal. Há um estacionamento pago (3 EUR/carro; 4 EUR feriados e fins-de-semana) e a partir daí uma passadeira em madeira sobre uma paisagem dunar que chega até este restaurante e o seu mais directo competidor "Ilha do Arroz". Trata-se de uma casa em madeira onde a decoração usa fundamentalmente a madeira, dando-lhe um charme especial entre o estilo marinheiro e um estilo mais fashion na onda das novas tendências do design onde não faltam pormenores como espelhos, tecidos pintados, velas e candeeiros forjados.

A ficha técnica é a seguinte:

NOME: Comporta Café Restaurante-Bar
ENDEREÇO: Praia da Comporta
LOCALIDADE: Comporta (Grândola), Alentejo Litoral, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha portuguesa, com especial ênfase nos peixes, mariscos e arroz.
VALORAÇÃO: 16/20
PREÇO MÉDIO: 35 EUR/pessoa.
CARTÕES:Os mais habituais.

As mesas são em madeira, assim como as cadeiras, num estilo que lembra as mesas e cadeiras de jardim. As refeições apresentam-se ainda com um tapete tipo xadrez e pratos que combinam o tradicional com o design. O faqueiro apresenta as mesmas características.

Já quanto à qualidade da comida, tem de se dizer que é muito boa e, por isso, os preços também acompanham. No meu caso, optei por almoçar um Arroz de chocos na sua tinta e camarão. Considerei que não eram necesarios os típicos entrantes a não ser um queijinho de leite de ovelha com orégãos e azeite e umas azeitonas enquanto o arroz estava a ser preparado. Como acompanhamento ao arroz, tomamos um vinho branco "Marquês de Borba", colheita de 2007, que foi uma maravilha.

O arroz estava no seu ponto, assim como os chocos, as amêijoas e o camarão, tudo de primeira qualidade. O único senão era que havia sido temperado com uma pitada de sal a mais o que, nalguns paladares, podia ser motivo de queixa. Por comparação com outro arroz comido neste mesmo estabelecimento o ano anterior, uma das questões a salientar é, para além da pitada a mais de sal, o facto do arroz desta ocasião aparecer polvilhado com coentro, coisa que, como é costume no Alentejo, é muito habitual. Para quem não está acostumado pode não gostar e para quem, como eu, vive no Alentejo e está acostumado (ou até precisamente por isso) pode ser um ingrediente a dispensar.

A sobremesa foi um "Petit gatêau com bola de gelado de baunilha e molho de frutos silvestres". Tratava-se de um pequeno bolo de chocolate recheado com chocolate quente e com molho de chocolate no prato. Já o molho de frutos silvestres era um molho de frutos vermelhos onde até a acerola foi usada como elemento para enfeitar o prato. O prato destaca-se pelo facto de, apesar destes ingredientes todos, não ser excessivamente doce, o qual é para agradecer. O chocolate quente do recheio do bolo estava espectacular, muita bom.

Os preços do almoço foi consoante ao lugar e aos pratos encomendados. O arroz tinha um preço de 36 EUR, tendo en conta que foi servido em panela para duas pessoas, e a sobremesa foi também cara: 6,50 EUR. Mas são preços nos que há que ter em conta o lugar e os ingredientes. Sem vinho nem entrantes, o preço médio baixa bastante, até ficar pelos 22-25 EUR/pessoa, visto que o arroz pode ser acompanhado perfeitamente, por exemplo, com uma Água das Pedras. E a sobremesa pode também ser dispensada por alguns estómagos pouco acostumados a comer muitas quantidades.

O restaurante conta ainda com outros serviços que podem ser vistos no seu site em http://www.comportacafe.com , onde aparecem fotografias do lugar e tudo o relacionado com as actividades, contactos, etc. para quem estiver interessado.

Foto 1. Arroz de chocos na sua tinta e camarão.Foto 2. Petit gatêau com gelado e molho de frutos silvestres.

domingo, 18 de maio de 2008

La Receta: Hornazo de Salamanca

Aquí os dejo una nueva receta facilitada por el compañero Taquión del foro http://www.iberismo.com Se trata de un clásico en la gastronomía salmantina: el Hornazo.

HORNAZO DE SALAMANCA

Descripción técnica: Viene a ser como una empanada pero con bastantes más cosas. Se le puede meter chorizo, huevo, carne, fiambre, queso, bacon, etc... al gusto del que cocine.

Ingredientes:

Masa: Medio kilo de harina con levadura, un huevo, medio vaso de cerveza completado hasta llenar con agua tibia, medio vaso de aceite, pizca de sal y un huevo. En algunos sitios también se le hecha una pizca de azúcar a la masa para que quede dulce.

Relleno: Al gusto, yo lo hago con chorizo, lomo, huevo, fiambre, queso y también se le puede poner bacon, por ejemplo.

Preparación: Mezclamos en un recipiente de tamaño adecuado todos los componentes de la masa hasta que quede una masa con buen aspecto y sin grumos o hasta que nos partamos la muñeca, lo que ocurra primero. Dejamos reposar cinco minutillos, que podemos aprovechar para freír el lomo si no hemos comenzado todavía. Después de esto, dividimos la masa en dos partes (soporte y tapadera), amasamos la masa para hacerla lo más manejable posible y sobre una bandeja con papel de aluminio extendemos la masa. OJO, va para iniciados: usar harina tanto en el soporte como en el rodillo para evitar que se pegue. Sí, a mí se me pegó la primera vez...

A continuación comenzamos a colocar el relleno. Va al gusto. Se intenta colocar cubriendo toda la superficie menos los bordes. Cuando esté todo colocado, extendemos lo que va a ser la cubierta, y con un tenedor vamos montando la masa del soporte con lo de la cubierta para cerrar el hornazo, lo que lleve en el interior debe de quedar encerrado en la masa.

Después usamos un huevo batido para pintar el hornazo, y pinchamos con un tenedor la masa para dejarlo que respire.

Tras esto ya está listo para meterlo al horno. Esto no lo controlo mucho, más o menos cuando veáis que tenga buen aspecto, si el horno está precalentado a unos 220 ºC es una media hora.

Y listo para comer! Si alguien se atreve que lo ponga para saber qué tal le ha salido. Lo ilustro con algunas imágenes.

sábado, 17 de maio de 2008

La Recepta: Arròs negre

Vet ací una recepta típica de Catalunya, per tant, molt de la Mediterrània, que es fa a tota la Costa Brava, tant a l'Alt com al Baix Empordà, però també a Mallorca i al País Valencià. Es tracta del clàssic arròs negre del qual n'hi ha moltes de variants. Hi ha l'arròs negre amb verdures (faves, carxofes, etc.) i el que porta la tinta de la sèpia o els calamars, que és una aportació més moderna.

Si voleu fer aquesta recepta cal seguir aquest procès d'elaboració.

ARRÒS NEGRE

Ingredients: 400 g. d'arròs (o una tassa per persona), 500 g. de calamarets (aproximandament), 1 ceba grossa, 2 tomàquets, 2 grans d'all, julivert, oli, aigua, sal.

Elaboració: Poseu la cassola al foc i feu-hi rossejar els calamarets, sencers, Traieu-los i guardeu-los. En el mateix oli feu-hi un sofregit ben concentrat, amb la ceba ratllada, a la qual hi anireu afegint gotes d'aigua, a fi que es vagi daurant lentament sense que es cremi i fins que quedi color de mel fosca. Aquesta operació ha de durar més d'un quart d'hora. Afegiu-hi all i una mica de tomàquet. Afegiu-hi l'aigua, l'arròs i els calamarets. Deixeu-ho coure uns 15 minuts o més. Proveu-ho de sal. A l'últim minut, quan traieu l'arròs del foc, hi tireu all i julivert trinxat, si us ve de gust.

Notes: Al sofregit, hi podeu afegir també pebrot, i en comptes d'aigua, podeu fer servir brou de peix, fet amb cap de rap, rufins, bruixes, congre, rata, etc.

Aquest arròs es fa amb la cassola de ferro catalana; s'ha d'anar amb compte amb el temps de cocció, ja que guarda l'escalfor una estona i l'arròs es continua coent. Al País Valencià se solia fer amb una cassola de terrissa (de la Vall d'Uixó o d'Orba), que també té el fons bombat. Si es fa amb sépia o calamars grossos, a l'arròs s'hi pot afegir la tinta. S'hi sol incloure costelló de porc, salsitxes, escamarlans, carxofes, pèsols, etc.


Nota: Tret i adaptat de Les Rutes del gust, El Temps, València, 2003.

Cafetaria "A Nossa Pastelaria"

Volto de novo depois de um mês muito atarefado. Confio em poder actualizar este blogue aos poucos. Desta vez vou falar de mais uma cafetaria. No melhor exemplo de cidade abaluartada da Europa, Elvas, achamos uma oferta de cafetarias muito interessantes da qual vamos falar em sucessivas ocasiões. Para começar, na freguesia da Assunção, numa das zonas mais transitadas de Elvas, achamos a Cafetaria "A Nossa Pastelaria".

NOME: Cafetaria "A Nossa Pastelaria".
ENDEREÇO: Av. António Sardinha.
LOCALIDADE: Elvas, Alentejo, Portugal.
TIPO DE CAFETARIA: Categoria média.
VALORAÇÃO: 17/20.
PREÇO MÉDIO: 0,50 EUR/café ou bica; 0,75 EUR/pastel de nata; 1,25 EUR/folhado misto.
CARTÕES: n.a.

O que tem de especial esta cafetaria? Para além de permitir fumar àqueles que têm este vício, este café oferece boa qualidade a preços moderados. Está situada na Av. António Sardinha, a mais movimentada fora da Cidade. Não é o típico café onde estão os clássicos velhotes (que por acaso também há), mas sim aberto a pessoas de todas as idades e está, em geral, sempre cheio, caso não chover, pois cá no Alentejo as pessoas não são muito dadas a sair com chuva. Apresenta um design moderno mas funcional, onde não pode faltar o típico balcão onde estão os bolos e os refrigerantes à vista.

Nesta pastelaria pode-se tomar o clássico café, mas também uma grande variedade de bolos, entre os quais salientamos um pastel de nata que destaca pela positiva porque não é lá muito doce e a pessoa não fica com a sensação de estómago pesado. Outro destaque vai para o bolo de noz que é um espectáculo. É um bocado caro (1,80 EUR/fatia) mas vale a pena dar-se ao luxo acompanhado de um chá ou um galão. Há ainda os típicos pães de Deus, croissants, os xadrezinhos, etc. Na lista de salgados há o folhado ou merendinha mista ou de carne, chamuça, empada de galinha ou croquetes.

Para além de una vasta variedade de refrigerantes e bebidas alcoólicas, há ainda chocolate quente ou a possibilidade de tomar um sumo de laranja natural ou até mesmo uma sopa. Também é possivel deliciar-se com uma sandes ou uma torrada com azeite morninha. E as crianças podem desfrutar de comer um gelado (há muitas variedades à escolha) ou guloseimas variadas.

Outra mais valia é o facto de terem uma pequena esplanada junto da passadeira, o que faz especialmente aprazível o serão nos verões quentes do Alentejo. Por não falar também da casa de banho, que se caracteriza pela sua limpeza, graças ao facto de estarem fechadas com chave e só estarem disponíveis para os fregueses que peçam a chave correspondente. Isto evita essas casas de banho sujas que infelizmente continua a haver em muitos estabelecimentos.

É, sem dúvida, um café onde a pessoa pode se sentir a vontade. Tal vez a única coisa a melhorar seja a questão da fumarada que às vezes se forma quando muitos fumadores lá estão, ficando o ambiente abafado. De resto, os preços, a variedade de produtos e a simpatia dos donos faz com que seja uma boa escolha quer para um café rápido, quer para descontrair um bocadinho em qualquer momento da manhã ou da tarde.




Av. António Sardinha
(A cafetaria encontra-se a esquerda da fotografia, para além da carrinha)

quinta-feira, 27 de março de 2008

Pastelaria "Delícias do Côa"

No meu percurso por terras beirãs, visitei a cidade do Sabugal, capital do Alto Côa, no distrito da Guarda, entre a Serra da Malcata, o vale do Zêzere caminho da Covilhã e do Fundão, as terras de Riba-Côa e as terras espanholas vizinhas do distrito de Salamanca. Depois de uma exaustiva visita, incluindo o seu castelo, era hora mesmo de fazer um alto e lanchar alguma coisinha. O problema é que quando se visitam pequenas cidades como a do Sabugal, sempre se corre o risco de não encontrar estabelecimentos que tenham uma certa categoria para além do típico café rasca ou o snack-bar onde lá vão todos os velhotes da aldeia (com todo o direito, claro!). E foi lá onde o Sabugal surpreendeu-me pela positiva, porque achei uma cafetaria-pastelaria chamada "Delícias do Côa".

NOME: Pastelaria "Delícias do Côa".
ENDEREÇO: Rua 5 de Outubro.
LOCALIDADE: Sabugal, Beira Alta, Portugal.
TIPO DE CAFETARIA: Categoria média.
VALORAÇÃO: 16/20.
PREÇO MÉDIO: 0,80 EUR/meia-de-leite.
CARTÕES: n.a.

Situada no centro da cidade, perto da paragem dos taxis, na Rua 5 de Outubro, a Pastelaria "Delícias do Côa" tem duas entradas já que faz esquina entre duas ruas, sendo que tem saída para ambas as duas. A pastelaria consta de um balcão típico de bar mas também de balcão de pastelaria onde se encontram os bolos e tartes, prontos a consumir. Também há serviço de despacho de pão. Quem quiser sentar junto do balcão pode, mas há um amplo espaço com mesas para sentir-se à vontade.

A cafetaria dispõe de serviço de mesa. Uma empregada atenciosa toma nota da encomenda e logo traz. Existem cardápios diversos: para o chocolate em chávena quente, com multiplas variedades à escolha, para sumos tropicais e ainda o cardápio da casa, onde, para além dos tradicionais refrigerantes e cafés, são-nos oferecidos hamburguers, cachorros quentes e ainda pratos combinados diversos. Os hamburguers ficam pelos 3-4 EUR dependendo do recheio mas pode ficar até mais barato se forem simples. O mesmo se passa com os cachorros quentes, e os pratos combinados têm um preço competitivo: 5 EUR. Incluem salada, batatinha frita como acompanhamento e uma variedade à escolha: frango, ovo e salsicha, lombo de porco, etc. Não faltam também não as tradicionais bifanas.

No meu caso, que desejava apenas uma meia-de-leite quentinha e um bolinho porque estava um frio de rachar, como aliás, esteve neste tempo todo nesta região beirã, optei pela dita meia-de-leite e uma tarte de ananás que por acaso estava muito boa mesmo e era abundante. Isto tudo por apenas 2,65 EUR, incluindo uma garrafa de água fresca do Luso que levei para fora, sendo que a meia-de-leite ficou pelos 80 cêntimos, a tarte por 1,25 EUR e a garrafa por 60 cêntimos.

Definitivamente uma boa escolha no seu género e absolutamente imprescindível caso calhem por estes lados. Depois, com forças revigoradas pode-se ainda dar um passeio pela cidade ou visitar a vizinha Sortelha.

Restorán italianu "Gepetto"

Esta ye una crítica que faigo al restorán italianu "Gepetto". Trátase d'una cadena de restaurantes qu'hai n'Uviéu ya Xixón. Güei voi falavos sobre'l restaurante qu'hai en Xixón que s'atopa na Cai San Bernardo, cerquina de la Casa Conceyu y tamién de la playa San Lloriezu.

NOME: Restaurante italiano "Gepetto"
DIREICIÓN: Cai San Bernardo
LOCALIDÁ: Xixón, Asturies.
TIPU COCINA: Cocina italiana.
VALORACIÓN: 12/20
PRECIU MEDIU: 12-15 EUR/persona.
TARXETES:Toes.

Esti ye un restorán d'esos que cuando asoleya cierta fama, paez que tan toos ellí. Sigún les hores, siendo un vienres, un sábadu o un domingu, tienes de facer reserva y hasta esperar un tiempín si quies comer ellí. Nel branu el tiempu d'espera ya me pasó de tener d'esperar hasta tres cuartos d'hora, tiempu que dediqué a pasiar pola playa y alredores.

El restorán ye uno d'esos que tá bien decoradino, n'un amago de dar un ambienti rústicu onde predominen los colores terracotas, ocres y amarronaos. Los baños son permodernos, con grifu automatizáu y too, d'esos que cuando pones les manes salte el chorrín d'agua. En xeneral tan llimpios, a non ser qu'haiga muncha xente y tea mui usao.

La última vegada que tuvi ellí foi fai pocu. Llegué ceo con unos amigos y nun tuvimos grandes problemes p'atopar mesa. Un primer defeutu del serviciu ye que tuvimos de tar esperando unos minutinos (realmente pocos, 3-4), pero nun tába nenguna persona p'atender na barra por si queríes tomar un vinucu o daqué similar. Tal vegada por ser rápido'l pasu a la mesa nun había naide ellí.

Dempués, miramos la carta y otru defeutu ye la manía esa de llamar restorán "italianu" a toos los restaurantes que faen pasta ya pizzes. En vegada del pomposu nome de "restorán italianu" taben meyor llamándolu "Gepetto" Pizza & Pasta, que ye lo más axustao a la realidá. Porque na carta, había unes entrauques, pizza, ya pasta, y pa finalizar cuatro platucos (lliteralmente) de carne. Dempués, los vinos son mayormente españoles y los italianos redúcense a dalgún Lambrusco o Chianti, y too ello mui caro. ¿Onde se vio pagar 11 EUR por un vinu que nel supermercáu nun llega a 3? Si fueren 6 EUR podía comprendese y inda asina ganaben la tira porque tien que yos salir más barato qu'a min mercándolo nun supermercáu.

Tres de mirar la carta, decidime por un fetuccine prietu con gules ya gambes y una ensaladuca pa compartir. Los fetuccine taben bien, yeren realmente prietos y de sabor nun taben mal y la racionina yera abundante. La ensalada yera una ensalada mixta y acabé fartu porque yera muncha cantidá: tenía bonitu a esgaya y l'amigu con quien compartí, magar el so estómagu, nun foi quien a acabalo. Yera un pocoñín desaxerao pa dos persones. El casu ye que se te quiten les ganes de tomar postre o'l cafetín, como foi nesti casu.

La bebida, visto que nun dibemos tomar vinu, foi un agua con gas, corrientuca. Nun había San Pellegrino, que yera lo qu'había que tener nun restorán italianu. El serviciu, magar foi amable, tardó un pocoñín en atender coses como la cuyar que pedi pa comer los fetuccine. Tolos restaurantes italianos deberíen saber que cuando se come pasta llarga tipu fetuccine, spaghetti o tagliarini hai que poner una cuyer pa facilitar enroscalos col tenedor. Regla, vamos, básica.

En definitiva. Si queréis un restorán onde comer pizzes ya pasta y que seya relativamente abundante ya baratu, "Gepetto" ye una bona eleición. Pero nun esperéis más. Magar la so fachada de restorán bon pola so decoración, nun ye más qu'un sitiu de pizzes ya pasta, non de braera cocina italiana. La mío relativamente baxa puntuación ye más polos defeutos qu'atopé que pola comida en sí, que tampoco foi una cosa del otru mundu.

domingo, 23 de março de 2008

Café-Pub "Diabolus"

Anque emigráu fuera d'Asturies, una d'eses "lleendes urbanes" que tanto abunden, nel mío corazón siempre hai un llugar pa la mío patria asturiana. Y como bon asturianu, nun pue faltar el cafetín o les cenes. Facía yá dalgún tiempu que nun diba tomar café a la Pola y atopeme col Café-Pub Diabolus, que polo visto yá fai un tiempín qu'abrió, pero yo nun me decatara d'ello. El casu ye qu'un día fui pola mañana y sorprendime del serviciu y la decoración y eso a pesar de que na Pola hai delles cafeteríes qu'ufierten un bon serviciu a un preciu razonable.

NOME: Cafe-Pub Diabolus
DIREICIÓN: Cai Pedro Vixil esquina Cai Celleruelo (frente a la Casa Conceyu)
LOCALIDÁ: La Pola (Siero), Asturies.
TIPU DE CAFETERÍA: Categoría media.
VALORACIÓN: 15/20
PRECIU MEDIU: 1 EUR/café; 1 EUR/pinchu.
TARXETES: n.a.

El Café Pub Diabolus alcuéntrase nel centru de la Pola, frente a la Casa Conceyu, na esquina ente Pedro Vixil ya Celleruelo onde enantes taba el Bar "El Polesu". Como ficieron reformes nel edificiu vieyo qu'elli taba, el sitiu ye nuevín y tá mui bien preparao. El nome nun se yo por qué ye, pero pamidea quieren dar una imaxen transgresora col nome, pero nun tien nada de ver con coses gótiques nin satániques. Lo que tien de particular ye que ye cafetería pol día y pub pola nuechi ya que baxen unes cortines pa que la xente nun seya vista dende'l exterior. Hai una pequeña terracina onde tomar daqué fuera si se quier, pero dentro hai una barra y delles meses toes elles en decoración moderno.

Na cafetería ufierten lo que ye típico nuna cafetería asturiana: cafés, llicores, un caldín perprestosu cuando fai fríu ya pinchos. El café ye presentáu nuna tacina prieta con baxuplatu cuadráu blancu y una moderna cubertería. Amás, dante una galletina col café, aparte del azucre o l'edulcorante. En cuanto al sabor, nun ye meyor nin peor que n'otros llugares: ye un café de calidá media pa un sitiu mediu. El caldu ye presentáu en tacina de consomé colos churruscos aparte pa que si la persona quier puea echalos nel caldo.

Los pinchos son ricos y variaos. Comu exemplu, el pincho tortiella rellena. Pa quien nun ye asturianu, esti tipu de pinchu tá compuestu de dos bases de tortiella y nel mediu añádese-y xamón ya quesu, llechuga, tomate y mayonesa. Equí yera un cachín de tortiella servíu nun platu cuadráu colos cubiertos de rigor y un bollín de pan p'acompañar. Quien nun quiera tortiella, tienlos d'otres coses: pitu, llombu, etc., nuna amplia variedá d'ellos.

L'ambiente ye bono y siempre tá enllenu, polo que a vegaes ye un pocoñín difícil atopar mesa si vas a determinaes hores. El serviciu ye atentu y si coincide, pue pasate que te dean unes cazuelines gratis sobre too cuando llega la hora del meudía. Nel mío casu yeren unes cazuelines, tamién cuadraes, con arbeyos en salsa de tomate too calentino que taben perprestosos. Otres vegaes son unes rebanaes de pan tipu baguette con chorizu o llombu, pa pinchar.

El preciu ye más que razonable, sobre tou nestos tiempos que cuerren, a un 1 EUR el café con llechi normal ya 1 EUR el pinchu.

Y si la nuechi nun te confunde, inda pues quedate pa tomar un cacharru, ya otres copes cuando entra a funcionar el pub.

En definitiva, una bona idega esa de la polivalencia ente el café ya'l pub, ensin renunciar a nengún tipu de clientela y con precios más que moderaos ya con calidá.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Albergaria "Boavista"

Numa encosta do vale do Minho, na região do Alto Minho, no meio de videiras dedicadas à produção do vinho Alvarinho, encontramos a Albergaria Boavista. Trata-se de uma albergaria, situada na aldeia de Peso, no concelho de Melgaço, junto às termas que lá há. Fica junto da fronteira com a Galiza, a uns 55 km. de Vigo pela ponte que liga Arbo com Peso, a 70 km. de Ourense, a 100 km. de Braga e a 150 do Porto.

NOME: Albergaria "Boavista"
ENDEREÇO: Peso
LOCALIDADE: Paderne (MLG), Alto Minho, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha minhota.
VALORAÇÃO: 14/20
PREÇO MÉDIO: 15-18 EUR/pessoa.
CARTÕES:Os mais habituais.

A Albergaria "Boavista" é mais do que um estabelecimento hoteleiro. Para além de quartos e instalações de lazer, existe ainda um restaurante que serve de sala para casamentos e baptizados. É lá onde foi possível deliciarmo-nos de pratos da cozinha minhota.

A cozinha é essencialmente cozinha da região, nomeadamente lampreia e sável do rio Minho como especialidade da época. Mas existem ainda outros pratos típicos como o cabrito ou o arroz de tamboril com gambas e o bacalhau.

Uma boa sugestão é pedir o Bacalhau à Boavista. Pode-se começar por um saboroso Caldo Verde feito ao melhor estilo da região. O Bacalhau à Boavista é uma posta de bacalhau apresentada numa travessa em barro, assada no forno, que vai coberta com presunto e um molho em que se aprecia o sabor da mostarda, sendo que resulta um prato com um sabor totalmente harmonioso. De referir que a dose pode ser muita comida a mais para uma só pessoa, pelo que estómagos menos exigentes quanto à quantidade podem ficar satisfeitos com meia dose.

As sobremesas são as típicas de restaurantes mais populares, mas, se exceptuarmos os gelados, são absolutamente caseiras. E o melhor acompanhamento para a comida não pode ser senão um bom vinho Alvarinho do lugar, de preferência da própria Peso.

A organização do restaurante é a habitual nestes casos: mesas rectangulares para quatro pessoas e a loiça também é a normal para um restaurante sem muitas pretensões de requinte, mas que resulta mais do que o suficiente para desfrutar de um ambiente familiar e descontraído.

O preço médio corresponde ao preço habitual deste tipo de estabelecimentos, sendo que com uma sopa, uma posta de bacalhau completa, sobremesa, café e vinho, não iremos ultrapassar em nenhum caso os 18 EUR/pessoa, preço que será ainda mais reduzido se consumirmos apenas meia dose.

Se ficarmos hospedados no hotel, a piscina pode ser uma boa opção depois de fazermos a digestão ou um passeio pela aldeia. Mas também podemos visitar Melgaço, a capital do concelho, que fica a uns 3 km., ou as fortalezas abaluartadas de Monção e Salvaterra do Minho, já na Galiza. Se preferirmos a natureza, não podemos deixar de visitar a aldeia serrana de Castro Laboreiro, já no Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Restaurante "Casa da Comida"

Se o turista que vem cá a Lisboa tiver tempo (e dinheiro!), uma das melhores opções para desfrutar de uma boa refeição é, sem dúvida, a "Casa da Comida". Trata-se de um dos mais conceituados restaurantes de Lisboa, e referência na gastronomia portuguesa.

NOME: Restaurante "Casa da Comida"
ENDEREÇO: Travessa das Amoreiras 1
LOCALIDADE: Lisboa, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha portuguesa.
VALORAÇÃO: 18/20
PREÇO MÉDIO: 70-75 EUR/pessoa.
CARTÕES:Todos

O restaurante, apesar do nome, fica perto do Largo do Rato, pelo que é fácilmente acessível pela Estação do Metropolitano de Lisboa do Rato, da Linha Amarela. O restaurante está situado junto do Jardim das Amoreiras num edifício que data da época pombalina. O exterior nada faz pensar que dentro exista um restaurante com requinte. De facto, o cliente tem de carregar no botão do interfone para ser atendido, já que a porta de entrada mantem-se sempre fechada.

Uma vez no restaurante, um empregado encarrega-se do guarda-fato, caso precisemos tirar o nosso sobretudo, e depois acompanha o cliente para uma espécie de salinha onde é-lhe oferecido um aperitivo com petiscos. No meu caso, foram uns amendoins com um vinho. Entretanto, enquanto se saboreia o tal aperitivo, o cliente dá uma olhadela para o cardápio. Como curiosidade, a lista de preços só aparece na ementa da pessoa que vai pagar a conta, no que no meu caso, que ia com a minha (futura naquela altura) mulher, foi-me oferecida uma ementa com preço e a ela sem preço. Há ainda uma carta de vinhos à escolha, que recolhem o essencial dos vinhos portugueses, de Norte a Sul. Uma vez que o chef já tem preparados os pratos um empregado convida aos clientes sentar numa mesa situada para os lados do jardim interior.

Como já há algum tempo que lá estive, não me lembro muito bem de todos os pratos, mas sim do prato principal: Garoupa Além Tejo, um prato de peixe realmente espectacular. O mesmo se passou com a sobremesa, onde há um leque muito variado. O vinho foi um Alvarinho da Sub-Região de Monção, da área de Melgaço, ideal para acompanhar este tipo de refeições.

As mesas dispõem-se alredor de um jardim central que é aberto quando o tempo o permite, nomeadamente no verão, e que está cheio de plantas e árvores e até há lá uma fonte onde brota água, contribuindo para um ambiente com muito charme, relaxante e descontraído. O lugar apresenta uma decoração que inclui peças de antiquário, muito cuidada até o mais mínimo pormenor, com cores cálidas que proporcionam conforto e bem-estar.

A louça utilizada é requintada, existindo um prato de serviço em alumínio ou alpaca (sei lá que metais usam!), ou prato de base onde são colocados os pratos já empratados. Os copos e o faqueiro seguem umas linhas clássicas. As mesas podem ser rectangulares ou redondas, sendo que as redondas facilitam mais o convívio.

É, portanto, um restaurante de ambiente sofisticado, ideal para uma celebração familiar, um jantar romântico a dois ou uma refeição de negócios. Não é apto para pessoas que não dominem as regras fundamentais da Etiqueta e Boas Maneiras ou aquelas que não se sintam cómodas num ambiente luxuoso e requintado. Obviamente é frequentado pelas elites de Lisboa ou por aqueles que gostam de desfrutar de restaurantes topo da gama. O preço vai consoante o serviço. Em média, com um vinho de qualidade média, aperitivo, entrantes, prato principal, sobremesa e café pode ficar pelos 70-75 EUR/pessoa, pelo que a não ser que sejamos podres de ricos, não é um lugar para frequentar assiduamente. Existe ainda um serviço de catering que serve os pratos do restaurante directamente na nossa casa.

A minha valoração é elevada, mas é mais devido ao conjunto do que a qualidade da comida. Não é preciso para desfrutar de uma refeição de alta qualidade fazer tanta despesa, mas se se quiser uma boa refeição, um ambiente sofisticado e luxuoso, charme e requinte, este é o seu restaurante. É uma das melhores escolhas em Lisboa e arredores.

E para finalizar, a experiência de ser um comensal na Casa da Comida deve ser desfrutada ao máximo, saboreada em cada instante, sem pressas, devagarinho, pensando em que pelo menos vamos ficar por lá 3 horinhas ou até mais, em doce convívio... Uma experiência a não perder!

Pousada Rainha Santa Isabel

Em pleno Alentejo, numa das cidades mais conceituadas da região, encontramos a Pousada Rainha Santa Isabel. Situada na cidade de Estremoz, a Pousada de Estremoz está construida sobre o Castelo, cuja construção data dos tempos do rei D. Afonso III, e do palácio que o nosso rei D. Dinís mandou construir para a sua mulher, a rainha Santa Isabel. Conta a lenda que um dia, sendo ela uma mulher piedosa que gostava de ajudar os pobres, tinha levado tirado umas jóias para vendê-las e doar esse dinheiro aos pobres e tinha-as escondido por baixo do seu vestido. O rei, que suspeitou da mulher, mandou levantar a saia para ver o que escondia, sendo que em vez de jóias, saíram rosas. Tal milagre fez possível que a rainha continuasse com a sua obra.

A Pousada ergue-se, sobranceira, sobre a cidade, dominando a planície. Para além de quartos, possui ainda um restaurante onde se pode desfrutar de boa cozinha alentejana. O restaurante fica numa das salas do antigo palácio. A recepção fica logo perto da entrada e acede-se depois ao restaurante contornando um belo claustro interior e um piano-bar aconchegante, e que induz a passar horas a fio descontraídos, tomando um copito ou ouvindo bela música. A sala onde fica o restaurante é rectangular com abóbadas de aresta, em tecto branco quase nuclear, tão típicas dos edifícios históricos alentejanos.

NOME: Pousada Rainha Santa Isabel
ENDEREÇO: Largo de D. Diniz
LOCALIDADE: Estremoz, Alentejo Central, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha regional alentejana.
VALORAÇÃO: 17/20
PREÇO MÉDIO: 35-40 EUR/pessoa.
CARTÕES: Todos.

Tomar uma refeição no restaurante da Pousada é, sem dúvida, uma experiência, não vou dizer única, mas sim espantosa. As mesas, em geral, são redondas, o que faz possível o convívio entre as pessoas. A limpeza e o serviço são impecáveis. Os pratos do cardápio podem mudar, mas da última vez que lá estive, para além do clássico couvert, deliciei-me com um prato de Ouriço de bacalhau. O tal ouriço era bacalhau enformado entre puré de batata com uma espécie de esparguete de massa estaladiço espetado no puré, fazendo como que um ouriço. A quantidade era mais do que suficiente para ficar bem satisfeito. A apresentação foi num prato que tinha uma coberta prévia em alpaca que lhe dava um aspecto muito requintado.

A cozinha alentejana é a base deste restaurante. Lá podemos encontrar pratos como o ensopado de lulas à alentejana, o entrecosto de porco alentejano frito com peixinhos da horta, o borrego assado no forno com alecrim ou o tamboril com amêijoas e coentros (O coentro que não falte na cozinha alentejana!). Pratos que mostram a essência da cozinha alentejana com um toque de requinte e distinção.

A sobremesa consistiu em um buffet de sobremesas conventuais entre as que não faltaram o sericaia, o bolo rançoso, pudins diversos, e saladas de frutas. O melhor de tudo é que o cliente pode comer o que quiser. Quanto aos vinhos, a carta dava atenção, como não podia ser de outra forma, aos vinhos regionais alentejanos.

Este restaurante é um restaurante com um ambiente muito aconchegante, ideal para um jantar romântico a dois, mas que resulta muito requintado para a maioria. Os empregados de mesa sempre estão atentos a encher os copos de água e vinho e cuidam do mais mínimo pormenor. Portanto, não resulta adequado para quem procura um ambiente mais familiar e descontraído, sem preocupações pela etiqueta.

Obviamente o preço médio é mais elevado do que o costume, ficando pelos 35/40 EUR/pessoa, incluíndo sobremesa e um vinho de preço médio/baixo. Actualmente há um buffet aos fins-de-semana que varia consoante seja Sábado ou Domingo por 30 EUR/pessoa.

Para quem não vive no Alentejo e quer passar um fim-de-semana ou umas feriazitas, a Pousada Rainha Santa Isabel é um hotel e restaurante ideal. Um bom programa pode ser passar a noite de Sábado na Pousada e jantar no restaurante. Para além de Estremoz, ficam por perto cidades e vilas como Vila Viçosa, Elvas, Évoramonte, Évora ou Arraiolos, todas elas com muita História e um património notável.

terça-feira, 11 de março de 2008

D'oricios va la cosa.

Voi falavos güei de cocina asturiana. Pue parecer un contrasentíu escribir na llingua asturiana pa facelo, pero de xuru que quien llea esto nun tendrá problemes en entendelo. L'asturianu ye una llingua a piques d'extinguise pola inaición del actual gobiernu asturianu, que nun ye favoratible a la so oficialidá, anque defiende lo contrario n'otres zones. Como falante d'esta llingua, ye perimportante el so usu, pa que nun muerra.

Dempués d'esti alegatu a favor de la llingua, comu esti blog nun ye políticu, vamos a lo que tábemos: la cocina asturiana.

Una de les coses que carautericen la cocina asturiana ye l'usu del pescao y del mariscu como nun pue ser d'otra forma nel Cantábricu. Uno de los más destacaos y que nun se suel utilizar muncho n'otres cocines ye l'oriciu (cast. erizo de mar, port. ouriço, gall. ourizo, cat. eriçó). L'oriciu ye un equinoideu que vive nel fondu del mar y que tien unes púes que dan la so forma carauterística. N'Asturies, l'oriciu consúmese cocío, como acompañamientu, o en recetes más o menos ellaboraes. Ye un mariscu típico nos chigres (sidrerías) y casen bien con un culín de sidra fresquino que faiga la boca agua. Tamién son consumíes les güeves, que tan perprestoses ya mui riques. Hai delles cases dedicaes a la industria conservera que faen un paté d'oriciu que tamién sirve comu entrante con mini tostaes en cualquier xinta. Güei póngovos una receta d'oricios rellenos.

ORICIOS RELLENOS

Ingredientes (pa 4 persones)
·2 kg. d'oricios ·1 cebolla rallada ·100 gr. de tomate maduru ·2 güevos ·50 gr. de nata llíquida ·Perexil ·Aceite ·Sal.

Ellaboración: Cepíllense doce pieces d'oricios pa quita-yos les púes. Ábrense con unes tisories y sácase-y tol so conteníu con cuidadín de non rompelos (recórtense por encima de la mitá).

Resérvense les cáscares y les güeves, tamién nomaes coral. Ábrense los otros oricios, resérvense les güeves y tírase tolo demás.

Ponse nel sartén un pocoñín d'aceite ya la cebolla rallada a refogar. Cuando tea doradino, xuntáse-y el tomate ensin piel nin simientes, en trocinos.

Pásase too bien, incorpórense les güeves d'oriciu ya los güevos batíos. Remuévese bien too pa que lligue y dempués échase perexil, espolvoreando.

Rellénase con too ello les doce cáscares que teníemos reservaes, colocando tres en cada platu, poniendo un pañín ente les cáscares y el platu.

Pue dase un golpín de grill si se quier pa gratinalos, pero pueden quedar menos xugosinos.

(Receta traducía de MÉNDEZ RIESTRA, E.; Cocinar en Asturias, Ediciones Trea, Xixón, 2002, p. 130)

Bono. Y eso ye too. Qu'aproveche.


Cafetería "Los Silos 4"

¿A quién no le apetece alguna vez irse a una cafetería y charlar con los amigos mientras se toma un café o una copa? La cafetería Los Silos 4 de Montijo (Badajoz) es uno de esos lugares a los que voy con amigos de vez en cuando, preferentemente algún viernes por la noche. Es una cafetería que se aparta del típico café de mala muerte, sucio y degradado y donde huele a humo rancio.

NOMBRE: Cafetería Los Silos 4.
DIRECCIÓN: Plaza de Bootello 15
LOCALIDAD: Montijo (Badajoz), Extremadura.
TIPO DE CAFETERÍA: Categoría media.
VALORACIÓN: 14/20
PRECIO MEDIO: 1,10 EUR/café.
TARJETAS: n.a.

La cafetería Los Silos 4 se encuentra en una céntrica plaza de Montijo, justo detrás del Ayuntamiento. Es uno de esos lugares que resulta una grata sorpresa encontráselos, ya que la generalidad de bares y cafeterías o bien son lugares de paso de trabajadores o presentan un aspecto poco convidativo. Los Silos 4, en cambio, es una cafetería que presenta una decoración clásica pero moderna al mismo tiempo. La iluminación resulta más que suficiente. Los baños se encuentran normalmente limpios, lo cual es de agradecer, ya que en general las cafeterías españolas pecan de excesiva suciedad en lo que se refiere a este tipo de instalaciones. Tanto las mesas como las sillas resultan cómodas y agradables para una tertulia "de café".

Los servicios que ofrece esta cafetería son los normales que podemos encontrar en cualquier cafetería de Extremadura: cafés y licores. Los licores son variados y podemos tomar desde el clásico whisky, brandy, ginebra, etc. hasta licores de frutas como el de bellota, melocotón o el clásico limoncello italiano. La calidad del café es de tipo medio, aunque claramente superior a la de otros establecimientos que existen en la zona. La vajilla y cristalería utilizada para estos menesteres es moderna y funcional, a la vez que con un cierto toque de elegancia.

El personal es, en general, amable, si bien existen algunos aspectos que deberían mejorarse. El primero tiene que ver con la limpieza del suelo. Ciertamente no es culpa del establecimiento que la gente, con poca conciencia cívica, ensucie el suelo llenándolo de ceniza, servilletas usadas, etc. , haciendo que las personas que desean ocupar un lugar se encuentren con un montón de basura que resulta incómoda y desagradable. Sin embargo, debería haber una mayor celeridad en este asunto, ya que el cliente desea disfrutar de un ambiente en el que la limpieza sea la norma. Y una mesa que tiene por debajo un suelo lleno de papeles no es, de modo alguno, un lugar que invite a quedarse.

Otra pega es el horario. Los viernes, día en que las personas salen más, cierra a las 2:00 horas de la madrugada, lo que resulta algo temprano para un día como éste, ya que en Montijo existen muy pocos lugares (discotecas aparte) o directamente no existen donde se pueda tomar relajadamente una copa y hablar sin tener que escuchar una atronadora música de fondo. Debería plantearse la posibilidad de permanecer abierto, al menos viernes y sábados, una hora más. Por norma general, las personas, cuando están enfrascadas hablando y pasa el tiempo, vuelven a hacer otra consumición, con lo que el negocio estaría asegurado.

En definitiva, nos encontramos ante una cafetería que nos ofrece buena calidad a precios moderados, que resulta agradable para pasar un buen rato con amigos y que tiene un ambiente que, en general, invita a la relajación y que resulta bastante tranquilo.


P.D. Este 'post' se lo dedico a mis amigos Ana, Ángeles (The Vamp) y Javier.

quinta-feira, 6 de março de 2008

O café em Espanha (para portugueses)

O café em Espanha é muito mais simples do que em Portugal. Apesar do gosto dos espanhóis pelo café, não existe a mesma cultura que temos cá em Portugal. É por isso que o tuga não gosta normalmente do café espanhol. O café em Espanha varia consoante a região e até segundo o café onde este é tomado.


Distinguem-se três tipos de cafés básicos:


-Café solo: É o nosso café, só que não é tipo espresso como em Portugal e o sabor pode variar dependendo da moagem e o torrado do café e da água da região.


-Cortado: É uma espécie de garoto, mas mais escurinho em termos gerais. Resulta agradável de tomar se for bem preparado.


-Café con leche: É o café espanhol. Na maior parte das regiões é servido em chávena grande, se bem nas regiões do norte como a Galiza ou as Astúrias é possível encontrar o tamanho normal, equivalente à nossa meia-de-leite, e o tamanho mediano (médio), equivalente ao normal nas outras regiões.


O café não é frequente ser acompanhado com nada. Há quem meta uns pingos do seu licor preferido no café após as refeições. Se esse for o seu caso, peça um carajillo. O acompanhamento dá-se caso seja na hora do pequeno almoço (desayuno) onde normalmente se toma junto de croissants ou outro tipo de bollería industrial. Também há tosta com manteiga e doce, quer em pão de forma, quer em fatia de pão normal. Nas Astúrias muitas vezes é acompanhado com os clássicos pinchos, pequenas sandes salgadas, com recheio variado, que serão alvo de um próximo tópico.


É por isso que o português não deve esperar o típico balcão com bolinhos doces e salgados nem as bebidas à vista, porque a tradição espanhola é, neste sentido, muito diferente. Ao contrário que em Portugal, em geral os cafés têm sim serviço de mesa, pelo que não é precisso fazer o pré-pagamento antes de tomar o café.


O café pode ser tomado em Espanha em diferentes lugares, quer seja numa tasca rasca, quer seja numa cafetaria com requinte e distinção. Em muitas partes de Espanha não há termo meio entre ambas os dois estabelecimentos, mas nas regiões mais desenvolvidas ou onde há lá mais tradição de convívio nos cafés, ha cafés intermédios, com bons equipamentos, mas a preços moderados. Muitos até são cafés de design, mas isso não é reflectido logo na conta final. É nesses lugares, para além das cafetarias mais luxuosas, onde podemos encontrar também ementas de café, quer dizer, combinações de café: com leite condensado, com natas, com uísque, etc., tal como em Portugal.


No meu mapa particular, como bebedor exigente de café que sou, divido Espanha em três partes. O café de pior qualidade encontra-se em geral nas zonas turísticas, nomeadamente a zona mediterrânica, Andaluzia e Castela-La Mancha. O café de qualidade média é possível achá-lo em lugares como Madrid, Catalunha, Extremadura espanhola ou Castela e Leão. E o melhor café, sem dúvida, está no norte, isto é, Galiza, e as regiões do Cantâbrico, o que inclui as Astúrias e o País Basco. Também é possível achar uma boa qualidade em León (Leão) e Zamora. As razões são totalmente subjectivas, mas tal vez tenha a ver com a qualidade do leite e da água, para além da qualidade do café.


De todas formas, na mesma cidade é possível encontrar muitas diferenças entre cafés, pelo que não há nenhuma dica concreta que possamos seguir.


Bom, e que tal se tomarmos um cafetín, um cafetito ou um cafelito?


Pulpería "Pichi"

Na Galiza, um dos pratos mais típicos é o polvo. Como não pode ser de outra forma, uma visita a Galiza não está completa sem antes ter-se deliciado com este prato. O polvo galego (em galego polbo) é preparado de várias formas, mas as mais conhecidas são o polbo á feira e o polbo á galega. O polvo é apresentado, em ambas as duas formas, num prato de madeira. No caso do polbo á feira, o que se oferece e polvo cozido, normalmente em panelas de cobre, ao qual é acrescentado azeite e colorau picante. Na variante do polbo á galega, o polvo vem no prato cobrindo os chamados cachelos, isto é, batata cozida galega aos quadradinhos. Obviamente, quem queira desfrutar plenamente do polvo, deve pedir polbo á feira.

O melhor polvo é o que podemos comer nas feiras, nos mercados que têm lugar nas diferentes localidades galegas. Nesse sentido, no interior da Galiza o polvo tem mais qualidade, nomeadamente em lugares das províncias de Lugo e Ourense. É claro que isto é uma opinião subjectiva minha, mas anos de experiência assim o têm demonstrado. O problema é que nem sempre é possível achar uma feira ou um mercado onde encontrar as famosas polbeiras. E o turista normalmente visita mais a zona costeira da Galiza do que o interior. Mesmo assim, é possível achar bons lugares onde comer esta deliciosa iguaria. É o caso da Pulpería Pichi, na localidade do Grove, uma das más turísticas da região do Salnés, na província de Pontevedra, nas Rias Baixas.

NOME: Pulpería "Pichi"
ENDEREÇO: Rúa da Pratería 59
LOCALIDADE: O Grove (Pontevedra), Galiza.
TIPO DE COZINHA: Cozinha galega.
VALORAÇÃO: 15/20
PREÇO MÉDIO: 10 EUR/prato de polvo.
CARTÕES:----


A pulpería "Pichi" encontra-se nas ruas interiores da localidade do Grove. Não fica muito longe do porto, mas não está na primeira linha, lugares onde normalmente estão situados os restaurantes mais vocacionados para o turista. A localidade fica a uns 80 km. de Santiago e 65 de Vigo. É, ademais, uma vila muito visitada pelos portugueses e é fácil encontrar lá os jornais nacionais.


A cozinha é uma cozinha básica. Não vamos encontrar aquí nem delicatessen nem uma cozinha de design. A ementa está baseada em pratos simples e sem muita complicação. Recolhe o essencial da cozinha galega: polvo, caldo galego, saladas e pratos de carne e peixe sem muitas pretensões. O local resulta ideal para almoçar ou jantar com amigos, nomeadamente no verão, se bem é preciso reservar, caso seja um grupo grande, ou ficar à espera. Não deve haver muitos problemas se for um almoço à dois. O restaurante fica numa no final de uma rua e é comprido, tendo duas entradas, a uma e outra rua paralela. É um bocado estreitinho e até incomodativo às vezes, mas vale a pena pela qualidade e a limpeza.


Pode-se começar por uns entrantes, caso o polvo não for suficiente para encher os nossos estómagos. Se optarmos por um entrante light, tal vez uma salada mista chegue, tendo em conta que na Galiza, como aliás no resto de Espanha, o conceito "salada mista" envolve mais do que uma salada de alface e tomate. Normalmente implica, para além do alface, do tomate e da cebola, o atum, espargos brancos e ovo, pelo que uma dose anda pelos 6-7 EUR, mas é abundante e chega para um grupo de quatro pessoas. Outra opção, se estivermos na época, é deliciarmo-nos com os pimentos de Padrão (pementos de Padrón, em galego) que, como diz a cantiga: Uns pican e outros non. Estamos aqui a falar de pimento frito temperado com sal marinho grosso, cujos cristais colados ao pimento lhe dão um sabor característico. Normalmente não picam, mas sempre é possível encontrar algum traidorzinho entre eles. Felizmente, da última vez que cá estive não houve nenhum. Também se pode acompanhar com uma dose de batatinha frita galega, dependendo do exigentes que sejam os nossos sucos gástricos. A dose de batatinha fica pelos 3-4 EUR, bem como a dose de pimentos.


Já o polvo deve ser o rei da nossa refeição. Ao mastegá-lo deve estar terninho, com o prato com um bocadinho de molho da cozedura no fundo e o azeite e o colorau, como acontece nesta pulpería. Mesmo que não esteja nas normas geralmente aceites da etiqueta, podemos meter o pão no molho, que está delicioso.


Peça um vinho Albariño da casa. O mais provável é que seja, como no meu caso, um vinho comprado aos viticultores da região, sem qualquer etiqueta na garrafa, mas de uma qualidade insuperável. O preço, no verão de 2007 ficava pelos 9 EUR/garrafa, o que não é um preço lá muito elevado se tivermos en conta a qualidade. O vinho é um vinho que entra facilmente e resulta óptimo para uma refeição de polvo.


A sobremesa é também simples, mas pode ainda provar a Tarta de Santiago, uma tarte de amêndoas típica de Galiza. Finalize com um cortado, café típico espanhol que cá por estes lados da Galiza, e, em geral, o Noroeste, é um café intenso e saboroso, graças ao bom leite e à água, e que combina bem com este tipo de refeições. Prove ainda, se tiver forças, um oruxo de Galiza, um bagaço, feito de uva de castas autóctones. É um licor forte, pelo que não resulta indicado para quem não estiver acostumado.


O preço médio deverá ficar entre 15-18 EUR/pessoa, dependendo dos entrantes e se se consumiu vinho ou não, mas pode-se ter a garantia de sair tendo comido à fartazana, num ambiente familiar, onde os empregados de mesa, da mesma família, são atenciosos com o freguês.


Depois, se o dia estiver bom, nada melhor que um passeio por alguma das praias da península do Grove, com vistas à ria de Arousa ou às ilhas atlânticas de Sálvora ou Ons ou visitar ainda a ilha da Toxa. E, se calhar, depois não deixe de tomar banho na praia da Lanzada, uma das mais famosas da Galiza.


Foto: Rua onde está situada a pulpería "Pichi", que fica à esquerda no primeiro plano.

Restaurante "A Moagem"

Lá vai o nosso primeiro restaurante. Recentemente estive em Arraiolos a desfrutar desta bela terra alentejana. Como não podia ser de outra forma, almocei num restaurante da localidade.

NOME: Restaurante "A Moagem".
ENDEREÇO: Rua da Fábrica 2
LOCALIDADE: Arraiolos, Alentejo Central, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Regional alentejana.
VALORAÇÃO: 13/20
PREÇO MÉDIO: 10-15 EUR/dose.
CARTÕES: Multibanco.

O Restaurante "A Moagem" situa-se na vila alentejana de Arraiolos, que fica a uns 20 km. a norte de Évora. A localidade é bem conhecida pelos seus famosos "Tapetes de Arraiolos", feitos em pura lã virgem com um processo totalmente manual. Não espanta que os seus preços sejam muito elevados. Mas é claro, a qualidade tem de se pagar.

Ora, voltando ao restaurante, este fica não muito longe do centro e tem grandes facilidades no estacionamento. Quanto ao cardápio não é lá muito amplo, mas recolhe o essencial da cozinha alentejana: ensopado de borrego, sopa de cação, migas, plumas de porco preto, carne de porco com amêijoas, etc. Desta vez optamos por deliciarnos com uma massinha de cherne que foi apresentada numa panela individual. O couvert era realmente variado: ovas, queijo alentejano amanteigado, salada russa, e uma espécie de macedónia de pimentos que estava muito boa.

A massinha de cherne estava no seu ponto, com o cherne fresquinho, bem como as amêijoas e os camarões. Não podia faltar a hortelã para dar o sabor típico deste prato e, obviamente, os cotovelinhos. Não gostamos, no entanto, do abuso que se faz agora nos restaurantes ao incluir os palitos de mar neste prato. Consideramos que os pratos devem ser naturais, sem acrescentar produtos industriais que em nada ajudam a melhorar a nossa cozinha.

Quanto às sobremesas, na ementa havia várias a escolha: sericá, pão de rala e as frutas da época. No nosso caso optamos pelo melão, por ser mais leve, mas viu-se mesmo que ainda não era a época porque não tinha um sabor definido e até resultava por vezes sensaborão. Não faltou o tradicional café para finalizar.

Conta ainda com uma boa lista de vinhos alentejanos.

O restaurante apresenta uma decoração típica portuguesa: paredes com azulejaria em azul e tectos de madeira de cor escura. Existe um balcão onde ficam expostos os petiscos, quem sabe se não para abrir o apetite... O ambiente é familiar e os empregados de mesa são atenciosos.

O preço médio é de 16/18 EUR por pessoa, se bem o preço final vai depender do vinho e dos entrantes consumidos. Resulta uma boa escolha se se quer um restaurante familiar sem muitas pretensões mas onde se pode comer a vontade e em quantidade.

E depois, nada melhor do que um bom passeio até o castelo se ainda temos forças... Ou então uma boa sesta a boa maneira alentejana!


Classificação dos restaurantes

Para facilitar a escolha de um bom restaurante, seguiremos uma estrutura fixa sempre que se faça uma descrição de um restaurante. Essa estrutura será a seguinte:

Nome do restaurante
Endereço
Tipo de cozinha
Valoração do restaurante em valores entre 0 e 20
Preço médio
Cartões

O objectivo é que o leitor possa ter uma visão rápida do restaurante, caso esteja interessado. Também se acrescentarão os vinhos se forem incluídos na crítica do mesmo. Em muitos casos dar-se-á também uma descrição do restaurante a nível de salas e equipamentos. Esperamos que estes critérios sirvam para facilitar a sua leitura.

El café en Portugal (para españoles)

De todos es conocida la buena fama del café portugués. De hecho, el café era uno de los artículos más buscados en los tiempos del contrabando y es uno de los elementos más definitorios de la cultura portuguesa.

Sin embargo, sucede muchas veces que cuando vienen a nuestro país "nuestros hermanos", tienen verdaderas dificultades en pedir un simple café. Nuestra cultura cafetera resulta muy compleja a los ojos del español que está acostumbrado al "café solo", el "cortado" y el "café con leche". Muchos de los inconvenientes con los que se encuentran se deben a la falsa idea de que como el español y el portugués, como lenguas próximas que son, son bastante parecidos, no es necesario molestarse en aprender portugués porque dan por sentado de que serán entendidos. Otros, aun comprando guías de conversación, lo cual es muy loable, tampoco lo logran, ya que este tipo de cosas no suelen ser las más corrientes en este tipo de guías. Para facilitar la labor de quien visita este blog y esté pensando en viajar a Portugal y no hacerse un lío con el café, presentamos aquí un listado de los cafés más corrientes en cualquier Café de Portugal.



-Café: Con este nombre nos referimos al café solo, tipo espresso, que también recibe el nombre de bica, sobre todo en Lisboa y alrededores. Es un café intenso, con mucho cuerpo.

-Abatanado: Se trata de una 'bica' doble, aunque algo menos intensa en general que la 'bica' propiamente dicha.

-Pingado: Café tipo 'bica' que cae gota a gota, en pingos y es algo menos intenso que la 'bica'.

-Meia de leite: Se trata de un café con leche en taza pequeña. Los que viven en el norte de España saben perfectamente lo que es, ya que distinguen entre el café con leche normal y el mediano. Para los más sureños, sería un café con leche en taza intermedia entre la del café solo y la del café con leche.

-Galão: Café con leche grande, de desayuno, siempre servido en vaso de cristal alto. El ideal cuando se quiere desayunar. Se acompaña de una cucharilla larga.

-Carioca: Café solo tipo americano, más suave y "aguado". También existe el 'carioca de limão', que no es propiamente un café, sino una especie de infusión de limón con su corteza, y que va muy bien para los días más fríos.

-Garoto: Viene a ser una especie de cortado. Si se desea un cortado más aproximado al que se da en España, hay que pedir un garoto escurinho. Va servido en una taza pequeña.

-Italiana: Café corto.

-Escaldado: café en taza previamente "escaldada", esto es, que se ha calentado antes de hacer el café.

Las formas de tomar el café son muchas y variadas. En Portugal hay quien tome solo el café, tal como en España, pero incluso a la hora de tomarlo hay muchas variantes. Lo más normal es que nos ofrezcan el café con su correspondiente bolsita de azúcar. Sin embargo, también podemos pedir adoçante (edulcorante) si pretendemos guardar la línea. Y en algunos lugares hay la opción de elegir entre azúcar blanquilla y azúcar de caña. Otra costumbre muy portuguesa es tomar el café con pau de canela, es decir, un palito de canela en rama. En muchos lugares se ofrece directamente con el café y en aquellos que no, puede pedirse ya que suelen tener en los cafés. Este pau es usado a modo de cucharilla para revolver el azúcar con el café mientras suelta la esencia de la canela. Algunos lo utilizan como pajita y toman el café a través de él.

Pero el café muchas veces no se toma solo, sino acompañado con algún tipo de bolo, sea dulce o salgado (salado). El más clásico es el pastel de nata, que, contra lo que se pudiera suponer, nada tiene que ver con la nata ni con el merengue. Se trata de una especie de tartaleta de hojaldre rellena de crema de flan horneada y ligeramente tostada por encima. En Lisboa, los más famosos son los de Belém, donde recibe el nombre de Pastéis de Belém. De visita obligada es la Antiga Confeitaria dos Pastéis de Belém en este barrio lisboeta, toda una institución, y de la que todo turista que se precie no puede prescindir en su visita a Lisboa. Allí estos pastéis salen recién hechos y se espolvorean con canela molida y azúcar glacé. Pero eso es ya tema de otro tópico. Si se desea otro tipo de pastel, puede acompañarse de queijadas de Évora, una especie de tartaleta de tarta de queso, torta de Azeitão, etc.

Dentro de los salgadinhos hay mucha variedad. Destaca, por ejemplo, el folhado misto, también llamado merendinha, que es un rectángulo de hojaldre relleno de jamón y queso y que tibio está realmente delicioso. También hay chamuça, empadas de galinha, etc., pasteles salados que serán objeto de un artículo específico.

Para finalizar, no olvidar que en la mayor parte de los cafés no hay servicio de mesa, sino que es en sistema de Pré-Pagamento, es decir, se pide y se paga en el acto de entrega, aunque si somos conocidos el sistema se relaja en la mayor parte de las cafeterías, no así en los cafés de centros comerciales y similares.

En fin, el café en Portugal es algo más que un simple café: es un arte y una forma de vida.



¿Y a qué esperamos?



-Um café, se faz favor.







P.D. Información completada por mi amigo "Lufino", del foro.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Bem-vindos/Bienvenidos



Olá!

Bem-vindos a este blogue. Este blogue tem como objectivo mostrar a riqueza das diferentes cozinhas ibéricas. A ideia partiu do fórum http://www.iberistas.com/, onde, como é natural, partindo do desejo de nos conhecermos mais um bocadinho e superar os receios baseados no desconhecimento mútuo entre portugueses e espanhóis, sempre acabamos falando em comida. Mas como este tópico não é próprio de um fórum essencialmente político, pareceu-me uma boa ideia criar um blogue específico onde todos os membros possam inserir as suas ideias, as suas aportações gastronómicas nas diferentes línguas ibéricas.

Neste blogue têm cabida receitas de cozinha, sugestões sobre um restaurante, um café ou lugares onde tomar uns copitos. Não é um blogue político pelo que não se aceitarão críticas nesse sentido. Todo tipo de crítica não construtiva ou que não tenha a ver com os tópicos publicados será sistemáticamente apagado.

Portanto, espero que seja mais uma ferramenta para aumentar o nosso conhecimento e, é claro, para deliciarmo-nos com a nossa rica gastronomia.

Já para finalizar, lá vai um clássico português: deliciemo-nos com uns saborosos pastéis de nata!