quarta-feira, 12 de março de 2008

Restaurante "Casa da Comida"

Se o turista que vem cá a Lisboa tiver tempo (e dinheiro!), uma das melhores opções para desfrutar de uma boa refeição é, sem dúvida, a "Casa da Comida". Trata-se de um dos mais conceituados restaurantes de Lisboa, e referência na gastronomia portuguesa.

NOME: Restaurante "Casa da Comida"
ENDEREÇO: Travessa das Amoreiras 1
LOCALIDADE: Lisboa, Portugal.
TIPO DE COZINHA: Cozinha portuguesa.
VALORAÇÃO: 18/20
PREÇO MÉDIO: 70-75 EUR/pessoa.
CARTÕES:Todos

O restaurante, apesar do nome, fica perto do Largo do Rato, pelo que é fácilmente acessível pela Estação do Metropolitano de Lisboa do Rato, da Linha Amarela. O restaurante está situado junto do Jardim das Amoreiras num edifício que data da época pombalina. O exterior nada faz pensar que dentro exista um restaurante com requinte. De facto, o cliente tem de carregar no botão do interfone para ser atendido, já que a porta de entrada mantem-se sempre fechada.

Uma vez no restaurante, um empregado encarrega-se do guarda-fato, caso precisemos tirar o nosso sobretudo, e depois acompanha o cliente para uma espécie de salinha onde é-lhe oferecido um aperitivo com petiscos. No meu caso, foram uns amendoins com um vinho. Entretanto, enquanto se saboreia o tal aperitivo, o cliente dá uma olhadela para o cardápio. Como curiosidade, a lista de preços só aparece na ementa da pessoa que vai pagar a conta, no que no meu caso, que ia com a minha (futura naquela altura) mulher, foi-me oferecida uma ementa com preço e a ela sem preço. Há ainda uma carta de vinhos à escolha, que recolhem o essencial dos vinhos portugueses, de Norte a Sul. Uma vez que o chef já tem preparados os pratos um empregado convida aos clientes sentar numa mesa situada para os lados do jardim interior.

Como já há algum tempo que lá estive, não me lembro muito bem de todos os pratos, mas sim do prato principal: Garoupa Além Tejo, um prato de peixe realmente espectacular. O mesmo se passou com a sobremesa, onde há um leque muito variado. O vinho foi um Alvarinho da Sub-Região de Monção, da área de Melgaço, ideal para acompanhar este tipo de refeições.

As mesas dispõem-se alredor de um jardim central que é aberto quando o tempo o permite, nomeadamente no verão, e que está cheio de plantas e árvores e até há lá uma fonte onde brota água, contribuindo para um ambiente com muito charme, relaxante e descontraído. O lugar apresenta uma decoração que inclui peças de antiquário, muito cuidada até o mais mínimo pormenor, com cores cálidas que proporcionam conforto e bem-estar.

A louça utilizada é requintada, existindo um prato de serviço em alumínio ou alpaca (sei lá que metais usam!), ou prato de base onde são colocados os pratos já empratados. Os copos e o faqueiro seguem umas linhas clássicas. As mesas podem ser rectangulares ou redondas, sendo que as redondas facilitam mais o convívio.

É, portanto, um restaurante de ambiente sofisticado, ideal para uma celebração familiar, um jantar romântico a dois ou uma refeição de negócios. Não é apto para pessoas que não dominem as regras fundamentais da Etiqueta e Boas Maneiras ou aquelas que não se sintam cómodas num ambiente luxuoso e requintado. Obviamente é frequentado pelas elites de Lisboa ou por aqueles que gostam de desfrutar de restaurantes topo da gama. O preço vai consoante o serviço. Em média, com um vinho de qualidade média, aperitivo, entrantes, prato principal, sobremesa e café pode ficar pelos 70-75 EUR/pessoa, pelo que a não ser que sejamos podres de ricos, não é um lugar para frequentar assiduamente. Existe ainda um serviço de catering que serve os pratos do restaurante directamente na nossa casa.

A minha valoração é elevada, mas é mais devido ao conjunto do que a qualidade da comida. Não é preciso para desfrutar de uma refeição de alta qualidade fazer tanta despesa, mas se se quiser uma boa refeição, um ambiente sofisticado e luxuoso, charme e requinte, este é o seu restaurante. É uma das melhores escolhas em Lisboa e arredores.

E para finalizar, a experiência de ser um comensal na Casa da Comida deve ser desfrutada ao máximo, saboreada em cada instante, sem pressas, devagarinho, pensando em que pelo menos vamos ficar por lá 3 horinhas ou até mais, em doce convívio... Uma experiência a não perder!

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